domingo, 27 de dezembro de 2009

Nunca se 'nocauteou' tanto em Alagoas...

Tem gente que não dá pra ter conversa de ‘pé de orelha’


O fim de semana ‘bombou’ e a mídia deve ter adorado. Afinal, matérias polêmicas não faltaram em Maceió. Políticos, magistrado...O bom de tudo é que os acontecimentos, por mais ridículos que sejam denominados, servem para que reflitamos e até sejamos cautelosos.

Por exemplo, quem a partir de agora não terá mais cuidado quando alguém quiser ter uma conversa de ‘pé de orelha’? Principalmente falar algum segredo com o vereador Dudu Holanda? Eu, pelo menos, adoro minhas nobres orelhinhas. Não tenho nada contra o parlamentar, mas não me atrevo a trocar confidências com ele. Falamo-nos, sim. Mas, à distância, e de preferência de frente para o outro.

Voltando para a seriedade do problema, podemos lamentar situações dessa natureza. Coisas desse tipo só levam políticos ao descrédito dentro da sociedade. São eles escolhidos nossos representantes e o que se espera é, no mínimo, uma postura que se adapte às expectativas. Tudo, menos delegacia. Esperem. Acabei esquecendo. Alguns já foram até trancafiados. Mas, onde devemos fazer mesmo as nossas apostas?

E lá vem o judiciário...

Era uma vez um juiz que atendia casos enquadrados na Maria da Penha e que bate em mulher... Como assim? Seria cômico, se não trágico, nos deparar com uma criatura em condição digna de duras críticas e também não muito apresentável, quando a pessoa em questão é um magistrado. O juiz José Carlos Remígio de calça pescador, descalço, camisa rasgada, detido pela Polícia Militar em consequência de uma ocorrência na qual espancava a namorada, dentro do seu ‘carrão’, em via pública. O que dizer ao povo de São Miguel dos Campos onde ele atua?

Qual a confiança que passará o magistrado aos envolvidos em algum processo que em suas mãos caia? É possível uma mulher espancada pelo marido acreditar que olhará a situação com profissionalismo? Que seguirá a Lei? Eu não apostaria. O exemplo foi outro. Isso sem falar no desacato aos militares que cumpriam suas funções e a lei, tentando evitar consequências piores.

É, sem dúvida, o poder que sobe à cabeça, o despreparo. Pelo menos, por alguns dias, ele descansa e pode refletir sobre as barbaridades cometidas. Pelo visto não é a primeira. Se a cabeça do magistrado esquentar novamente, mangueira e água não faltarão para que lhe esfriem a cuca. Afinal está detido no lugar ideal: o Corpo de Bombeiros.

Aguardemos os próximos capítulos da extensa novela alagoana. Ou Radiopatrulha de sorte: deputado, juiz...e assim vai.