quinta-feira, 23 de abril de 2009

Tem delegado torando aço...


Uma abelhinha zoou que na direção-geral da Polícia Civil há uma intensa movimentação. Vem mudança por aí. Tem delegado com a cabeça bem pertinho da guilhotina e, como forma de salvação, será remajenado.

E mais...perderá a distrital por “Inoperância”. Isso é preocupante. Mas...se o doutor Marcílio Barenco acha, quem somos nós, pobres civis à mercê da promoção da segurança para contestar?

Se for para ver resultado, que seja feita a mudança. Delegado ganha muito bem, sim senhor, e tem obrigação de render, mostrar trabalho, resultados, como alguns têm feito e muito bem. Não vamos citar nomes para não constranger. Mas, todos sabem quem produz e quem somente aparece de papagaio de pirata, engomadinho e acenando.

Muitos ainda vão além. Conseguem ficar lá em cima sustentados pelo dito popular: Papagaio come milho e periquito leva fama.

Mas a lâmina vem aí. Pelo menos me disseram e a do Barenco parece que é amolada.

O STF "Jambalaiou"...


Quem não viu o fiasco divulgado pelo Jornal Nacional do dia 22 de abril de 2009? Um verdadeiro barraco se instalou no Supremo Tribunal Federal. Calma, barraco não. Barraco é coisa de pobre, gentalha.

Lá ocorreu um breve desentendimento por acúmulo de trabalhos mediante tantos projetos que lhes tomam o dia. Termina sendo entendido como afago o que o ministro Joaquim Barbosa disse com o presidente?

Simplesmente, ele falou que o 01 do Supremo não tem credibilidade e envergonha o judiciário brasileiro. Vocês ouviram também? Ou somente eu? É uma alucinação?

O que não entendi foi o ministro Joaquim Barbosa mandar Gilmar Mendes sair à rua. Como assim? Lembro-me bem de ele [o presidente] ter falado em Alagoas, quando veio verificar a situação dos presídios, que o sistema não andava porque os juízes ficavam nos gabinetes. Isso significa que ele só andou aqui? Palavras do Barbosa.

Ele disse, na cara, de forma popular, já que o clima foi disso para lá, que Mendes é um amostrado, exibido, que ‘só se preocupa em aparecer em jornais, revistas e televisões’. E mais...”Vossa Excelência não está na rua não. Vossa Excelência está na mídia destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso".

Minha genteee, isso foi lá em Brasília, DF, no apogeu, o centro dos refinados. Quero dizer, nem todos. E o atacante, certamente será atacado. Com a discussão ainda fizemos descobertas. Pelo menos o senhor Barbosa nos deixou informados de que o ministro Gilmar Mendes tem ‘capangas’ no Mato Grosso.

Mas são capangas, capangas mesmo? De pistolinhas e tudo? Ou os puxa-saquistas denominados de...

Queria ver uma situação desta em Alagoas. Onde estaria Barbosinha daqui a algum tempo?

Em termos do Jambalaia... PREFIRO NÃO COMENTAR!

Quem for podre que se quebre...


O ringue está aí. Alguns Popós e Taysons já começaram a mostrar as caras. Pancadas de um lado, retribuição do outro. Cada querendo ser mais forte. E uma platéia ainda confusa, sem de fato saber por quem torcer, já que não dá, por enquanto, para saber de fato quem é quem.

Quem é o melhor afinal?

De certo, muitas pessoas continuam fiéis seguidoras dos seus antigos ídolos. Sejam estes com suas tremendas e conhecidíssimas falhas, a exemplo do próprio Tayson. Isso não importa, vale lembrar o tempo em que 'promoveu' alegria. Alegria?

Outras andam com a mente meio embaraçada e mudam de lado e deslumbram à medida que ouvem o barulho da pancada. Quanto mais forte, empolga. E aí começam as avaliações cheias de “serás”.

Será que esse é mesmo o melhor? Será que essa força toda é sinal de competência, integridade? Será, será, será? NEM SEMPRE! Descobrem, às vezes, na reta final da luta ou muito depois.

Isso sem contar com o público “macaco” que não consegue viver sem a hipocrisia de pular de galho em galho, apesar de essa ser uma ação normal da raça. Mas...


Bom, falta pouco mais de um ano para reflexão e acredito que seja o período suficiente para as escolhas. Mas, que vai ter muita gente com a cara arrebentada...ah! Isso vai.

terça-feira, 14 de abril de 2009

O triste caminho das drogas...


A notícia deixou-me chocada. Na manhã desta triste terça-feira (14) obtive a informação de que um rapaz, praticamente um garoto ainda, havia cometido o suicídio na noite anterior. Poderia ser mais um personagem das matérias policiais que costumo fazer. No entanto, trata-se de “Jercinho” como carinhosamente era chamado desde a infância por familiares e amigos.

Jefinho morou muito tempo em nossa rua, no conjunto José Tenório Lins, era amigo de infância dos meus filhos e estudaram no mesmo colégio, o Isaac Newton, na Serraria, em Maceió. Os pais se mudaram e, tempo depois, fui informada do seu envolvimento com o mundo do tráfico. Ele começou usando droga, mas segundo relatos já comercializava algumas pedras de crack entre adolescentes da região.

Ouvi falar também de algumas ações suas que me deixavam estarrecidas. Ele possuía arma e costumava atirar em via pública, criava confusões, dava cavalo de pau.Era o chefe de uma "galera" como costumam dizer. Porém, não me lembro de ter sido preso vez alguma.

Jercinho, ah Jercinho...tinha tudo para dar certo, tudo mesmo. Ele tinha carro, só usava roupas de marca, a exemplo de Tuck Jones e Cia, e era muito amado pelos pais. Até que eles descobriram tudo. Como qualquer outro dependente químico, soube, Jefinho começou a se desfazer das coisas de casa para garantir o vício e então veio a punição. Tiraram-lhe tudo. Em consequência ele não admitiu vestir roupas inferiores, de valores irrisórios, ficar sem o carro entre outras coisas.

Esse é um caminho sem retorno e a juventude sabe disso. Insiste em seguir porque, às vezes, já é tarde, e não consegue mais viver sem a lei do ter fácil. Os jovens acabam sempre assim: ou são assassinados, ou são presos, ou sem matam. Ontem foi a vez de Jercinho.

Que Deus o tenha...e a adolescência veja no caso um exemplo de alguém que se perdeu nalguma volta.

domingo, 12 de abril de 2009

"Com banana e bolo se engana os tolos"...


E com peixe também...


A Semana Santa deveria entrar para a história política como um dos períodos mais rentáveis para chefes do Executivo e como um dos mais tristes para a população que,
por conta de muitos fatores, não consegue enxergar que a Saúde, a Educação, a infra-estrutura, o saneamento básico e a oportunidade de emprego são trocados por um quilo de peixe, um de arroz e um coco.

Não é bonito de se noticiar, registrar imagens de entregas se acompanharmos as famílias até onde moram. A situação é calamitosa. E elas precisam de alimentos 365 dias, pela manhã, tarde e noite. O que vão fazer amanhã, por exemplo, para acalmar o estômago?

Vão furtar nos mini e supermercados? Talvez seja a única solução.

Na verdade, esse “BOM” ato, que já se tornou comum entre os prefeitos do interior do Brasil, é mais uma forma de assistencialismo provisório que causa dependência e garante, não tenham dúvidas, um determinado percentual dos votos de uma eleição.

É a mesma coisa que dá brinquedo de R$ 1,99 no Dia da Criança, conjuntinhos de bacias de plástico no Dia das Mães (e com sorteio), levar as pessoas às ruas num estupendo show como se fosse algo extraordinário, esquecendo que "saco vazinho não fica em pé". Parece que em todas as equipes de governo existem competentes hipnotizadores. Todos se rendem facilmente sem argumentar.

São João à vista, daqui a dois meses tem MÃO de milho e madeira para fogueiras. NOSSA QUE FANTÁSTICO!!!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O IML vai parar...complicação à vista...

Em off. Mas já fui avisada que funcionários do Instituto Médico Legal, o IML de Maceió, teriam na quarta-feira passada confeccionado um ofício, com abaixo-assinado em anexo, para o governador Teotonio Vilela Filho cobrando reajuste e manutenção do adicional noturno.

Não vai acatar não? A ameaça já foi feita.

Maceió que se prepare. Já não há perícia e também não haverá recolhimento de corpos pelos profissionais. Se isso, de fato ocorrer, pobres famílias das vítimas que, além da dor, vão ter de presenciar a humilhação de vê-las abandonadas e também terão a obrigação de arrumar e pagar transporte para o traslado.

Só com o MANUAL?


Bugarin, Bugarin...

Numa reunião a sete chaves, ocorrida no início da semana, o intendente penitenciário, tenente-coronel Bugarin, coçou o bigode e falou para os diretores dos presídios alagoanos: “Não quero mais visitas íntimas”...

Só que já havia sido garantido o pernoite no feriadão. Aliás, pernoite não, isso já é lua-de-mel. Os resultados veremos daqui a nove meses, lá na porta do Cyridi e do Baldo. Todo mundo recheadinho, tendo de passar de lado, mais meninos carentes de figura paterna por aí.

Isso vai dá um buruçu. Eu sou contra a permissão. Mas, imaginem vocês centenas de homens enjaulados, sem muita noção do tempo cá fora e com todos os instintos natos, ficarem sem seus descarregos sexuais com a ou as parceiras. Sim, porque se comenta que os atendimentos delivery ocorrem por lá. Ou vidinha mais ou menos .

Bom, e a partir de agora, para quem se achava expert no assunto, segundo o intendente e o que me disseram, neguinho vai ter de apelar para o MANUAL. E pelas assistências anunciadas e convênios feitos no sistema, isso não será muito complicado porque já sabem ler. Uns muito cedo aprenderam.

Vamos aguardar...

Somente no Brasil. E em Alagoas então...


Alerta geral às autoridades. Pelo andar da carruagem vem aí o ESTATUTO DO VEREADOR. Aquele onde vai dizer, detalhadamente, a que o político pode ser submetido. Ou seja, com mil artigos e recheado de incisos de bloqueio.

Parágrafo 1º - Fica terminantemente proibida a abordagem a veículos de vereador, visto que ele não é e nunca será um cidadão comum;

Parágrafo 2º- É obrigatório atender todos os pedidos do parlamentar para evitar maiores transtornos e que CABEÇAS ROLEM mesmo que tal ação esmague as leis anteriores;

Parágrafo 3- É permitido ao vereador ignorar a ordem de qualquer instituição porque ele, a partir de agora, é considerado a autoridade máxima de qualquer cidade, acima de juiz, promotor, prefeito e representantes de todos os poderes.

E daí por diante. SONHEI? ACORDEI... pelo amor de Deus...quem for podre que se quebre!

E viva a humildade!ALÔ cidadão, você é comum.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Uma confaternização no Trapichão...


E o que todos perguntam é: O que foi que aconteceu em plena noite do dia 08 de abril de 2009, no estádio "Rei" Pelé?

Mas está tudo tão óbvio.Semana Santa...um peixe e um caranguejo em campo... e queriam mais alguma coisa além de uma confraternização em família? Eles combinaram em guardar jejum e cumpriram:não fizeram sequer um gol.

Para quem esperava um peixe-elétrico, amedrontando, mordendo, ou até mesmo um Paradoxus - conforme a torcida do fiel torcedor e amigo coronel João Marinho-viu foi uma tremenda piabinha quase morrendo na lagoa de um velho e cansado caranguejo-azul.

OXENTE!!! E eu, regatiana, ainda pensando em fazer esse sacrifício (ir ao estádio) somente para sair da rotina. ´

Minha gente...só resta aos torcedores santistas, porque o CSA...tomar todas as garrafas de vinho e torcer para o peixinho não jogar mais nessa época. Vou te contar...que fiasco.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Vixi, o negócio esquentou...


O bicho vai pegar. Os peritos não querem mais saber de blá...blá...blá. Foi hoje, dia 08 de abril de 2009, que eles bateram o martelo: NINGUÉM SAI MAIS. Portanto, a equipe do Governo Estadual deve ficar atenta. A categoria mostrou que não está brincando.

Agora ou vai ou racha.

Segundo os profissionais não há mais o que discutir com intermediários. Só interessa um posicionamento do governador: cumprir o acordo do aumento de 9,11% e do pagamento do adicional noturno. Também, eles bem que tentaram.
Precisava barrá-los na porta do Palácio? Bom, o aviso já foi dado.

A turma dos laudos está disposta a tudo. Sobrou para o IML...

O Rubim não deixou...


Senti-me a Baby Consuelo na Defesa Social. BARRADINHA DA SILVA. O objetivo era participar da reunião ocorrida com os peritos oficiais, já que faço assessoria da categoria.

Mas...o Rubim não quis...tudo bem...faz parte. Jornalista já está acostumado com as portas na "cara". O que as pessoas ainda não conseguiram entender foi que, mesmo com a porta fechada a notícia acontece.

Nós também temos alguns P2 espalhados. O que não foi necessário no momento de hoje.

domingo, 5 de abril de 2009

O preço...


O mundo lá fora passa por transformações, evolui, oferece boas oportunidades. Ao contrário do espaço que hoje centenas de pessoas ocupam. ATRÁS DAS GRADES. Foram as escolhas erradas. Falta de que?

Já foram homens, agora são bichos. Vivem amontoados em celas sujas, foram arrecadados em lugares diferentes, por causas diferentes. Mas, no final o sentimento é um só. Sentem falta do sol, do vento, da luz. Queriam ver pessoas, o mar...queriam muitas outras coisas. Mas, infelizmente não dá. Então, com poucas oportunidades, todo esforço é pouco para se alcançar o diferente.

Pelo espelho, um reeducando tenta enxergar quem anda pelos corredores sombrios de um presídio em Maceió.

Falta de liberdade...

É O PREÇO.

sábado, 4 de abril de 2009

O lixo pelo Circo


Eles já tiveram dias tristes. Misturados aos urubus catavam resto de comida no lixão de Maceió. Obviamente o dia era sem sentido, cercado de incertezas, cansaço, dolorosa rotina. Até que o CIRCO CHEGOUUUUU!!!

Abriram-se portas, janelas e o colorido entrou. Os malabares pararam nas pequeninas mãos, a mocinha quer ser bailarina. Os meninos preferem o trapézio. Eles agora estão tomados banhos, se alimentam não de restos, têm sorriso estampado nas faces. QUE BOM!!! De personagens trágicos viraram artistas. Não saem nos veículos de comunicação como os “sem futuro”, eles agora prometem. E pararam bem em frente ao Museu Floriano Peixoto, antigo palácio, para que muitos os assistissem e silenciassem, enquanto outros fizessem apostas. Alegria, alegria...

Brindemos à conquista!

Que Brasil é esse?


Dariane, 16 anos. Grávida do segundo filho, vestida com a camisa do Brasil. Esse é o triste retrato de quem não tem sequer noção dos seus direitos. Ela está na rua, cercada de prédios públicos: antigo Palácio do Governo, antigo gabinete do prefeito, hoje uma secretaria municipal. A conheci em 2003 - quando trabalhava no O Jornal - numa inaceitável situação. Fiquei estarrecida com a sua história.

À época, ela tinha apenas 10 anos. Estava com a amiga Rebeca que havia sido espetada por meninos de rua com quem disputavam um lugar na Praça Floriano Peixoto, a conhecida Praça dos Martírios, reduto de pobres crianças cheira-cola, no Centro de Maceió. Dariane é vítima da falta de estrutura familiar. Juntamente com as irmãs era ofertada a homens velhos, porém imaturos e por que não dizer sem Deus e caráter, que as utilizavam como objetos para o depósito dos seus espermatozóides por apenas R$ 10,00. Ela era uma criança indefesa.

Uma de suas irmãs - que também fugiu de casa - morreu com Aids aos 15 anos. Passou pelo Catarse, mas apesar do apoio não sobreviveu. Ela e Rebeca estão na praça há seis anos e ninguém viu? Para que servem mesmo as secretarias de Assistência Social? Cadê as casas de passagem? Quem poderia interceder para evitar que estas meninas, sem a menor condição de higiene e sobrevivendo em condição subumana, fossem mães pelo menos pela segunda vez?

Rebeca fez 17 anos e tem três filhos. A sensação ao revê-las foi dupla. Na primeira fiquei feliz porque tive a convicção de que estavam vivas. Mas, a outra me deixou pior do que há seis anos atrás. Porém, dentro do seu mundinho um tanto ingênuo e de identidade perdida, Dari- como se apresenta- está feliz e ansiosa pela chegada do Gabriel Ferreira dos Santos, o segundo bebê. Diz ela que sabe o sexo porque o esposo - também cheira-cola- pagou uma ultrassonografia na Casa de Saúde Paulo Neto. Pelo menos isso. E o resto? O que terá Gabriel para comer? Cola em lugar do leite?

Em 2003, Dariana ao me reencontrar na praça, onde fazia matéria de carnaval com a amiga jornalista Ester Carvalho, pediu para que fôssemos fotografadas juntas. As lágrimas apareceram rapidamente nos meus olhos quando falou: "tia, tira uma foto comigo porque se me matarem você fica de lembrança".

Na semana passada ela me reconheceu e perguntou pela foto. Pediu que trouxesse para rever. E tornou a fazer o mesmo pedido. Será que daqui a seis anos nos reencontraremos? Onde estará Dariana em 2015?