domingo, 9 de agosto de 2009

E quem irá nos proteger? O Chapolin Colorado?


Em nossa profissão algumas coisas estarrecem. Como cidadã comum, elas também nos permitem as interrogações e os medos.Pagamos impostos e somos cobrados em todos os instantes, de todas as formas e por todos.E como podemos cobrar?

Quando nos deparamos com uma ocorrência do tipo do assalto ocorrido em Santana do Ipanema, na noite deste sábado (08/08) não sabemos, de fato, que rumo tomar. Meu Deus, em quem podemos confiar? Quem é esta pessoa que ao meu lado senta, sorrir, me afaga?

Como é possível apostarmos em segurança pública se os agentes de segurança desvirtuam suas funções e agem como bandidos? Ou são. Que cena lamentável. Que imagens constrangedoras. Como se sentiram mal os amigos de profissão de Paulo de Lima, o “Paulão”, ao repassarem detalhes da ação, do embate e, como consequência, da morte daquele que não poderá nunca, na minha concepção, ser considerado um POLICIAL.

Era assim que se comportavam: “Nossa, é muito ruim saber que entre os acusados havia alguém que nos representava. Mas, infelizmente ele estava lá e temos de dá essa informação”. Ou, “estamos arrasados, mas todos sabem que na polícia também existem pessoas do bem”. Claro, com certeza, não tenho dúvidas. E, de tanto defender essa linha de pensamento, já me atribuíram vários adjetivos: puxa-saco da polícia, baba ovo, advogada, relações públicas e outros tão insignificantes quanto quem expressou. Em todas as profissões estão infiltrados os anti-éticos. Aqueles que já procuram entrar em algum lugar para ficar camuflado.

Polícia não forma caráter de ninguém. Seja ela a Federal, a Militar ou a Civil. Quando as pessoas nelas ingressam já são adultas o suficiente e sabem o que querem para si. Os maus já vão com a intenção de colocar em prática seus pensamentos perversos sem serem notados. Querem usar as instituições como cortinas, porque é óbvio que fica mais fácil.

E o 'Paulão' não foi o primeiro, nem será o último. Muitos deles também já foram mortos, outros presos, outros tantos aguardam julgamento e o pior, outros sequer ainda foram notados. Mas, aos bravos e bons, sorte, muita sorte e parabéns pela opção de não ceder às tentações da ganância por meio do mau caratismo.

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